Iniciativa contou com investimento total de R$ 2 milhões ao longo dos últimos cinco anos
A Cemig está utilizando imagens de nanossatélites (pequenos satélites artificiais com massa menor que 10 kg) para monitorar e coibir invasões em faixas de segurança sob suas redes de alta tensão. A tecnologia, baseada na constelação Planet, composta por mais de 130 nanossatélites Dove, permite o acompanhamento diário das linhas de transmissão e distribuição da companhia em toda a sua área de concessão.
As imagens obtidas são processadas pela empresa brasileira SCCON, que aplica algoritmos de inteligência artificial para detectar alterações no uso do solo e identificar ocupações irregulares. A iniciativa contou com investimento total de R$ 2 milhões ao longo dos últimos cinco anos.
Além de identificar invasões, a Cemig também explora outras aplicações para as imagens, como classificação do solo, monitoramento da vegetação, limpeza de faixas e controle de áreas próximas a reservatórios de hidrelétricas. Um projeto piloto de monitoramento da limpeza de faixas está sendo realizado em duas linhas de transmissão, uma na Região Metropolitana de Belo Horizonte e outra no Norte de Minas. O objetivo é ampliar o uso da tecnologia para otimizar a fiscalização e prevenir riscos à população.
De acordo com a empresa, com base nas imagens atualizadas é possível identificar rapidamente novas construções em áreas críticas, realizar fiscalizações e notificar os responsáveis. Em casos mais graves, o processo segue para a via judicial, com ações para impedir a continuidade das obras. O monitoramento por satélite complementa as inspeções terrestres e melhora o desempenho das equipes em campo. A Cemig acredita que o uso contínuo dessa tecnologia representa um avanço significativo na gestão da rede elétrica, garantindo mais segurança, eficiência e sustentabilidade.